sexta-feira, 17 de maio de 2013

Qual a diferença entre Durkheim, Karl Marx e Max Weber?

Qual a diferença entre Durkheim, Karl Marx e Max Weber?





AUTOR: Prof. Ms. PEDRO MOURÃO
Uma vez me deparei com essa pergunta na Internet. “Qual a diferença entre Durkheim, Karl Marx e Max Weber?”. Vi a seguinte resposta:
Émile Durkheim (Épinal, 15 de abril de 1858 — Paris, 15 de novembro de 1917) é considerado um dos pais da sociologia moderna. Durkheim foi o fundador da escola francesa de sociologia, posterior a Marx, que combinava a pesquisa empírica com a teoria sociológica. É reconhecido amplamente como um dos melhores teóricos do conceito da coerção social.Partindo da afirmação de que "os fatos sociais devem ser tratados como coisas", forneceu uma definição do normal e do patológico aplicada a cada sociedade.

Karl Heinrich Marx (Tréveris, 5 de maio de 1818 — Londres, 14 de março de 1883) foi um intelectual alemão considerado um dos fundadores da Sociologia. Também podemos encontrar a influência de Marx em várias outras áreas tais como: filosofia, economia, história já que o conhecimento humano, em sua época, não estava fragmentado em diversas especialidades da forma como se encontra hoje. Teve participação como intelectual e como revolucionário no movimento operário, sendo que ambos (Marx e o movimento operário) influenciaram uns aos outros durante o período em que o autor viveu.Atualmente é bastante difícil analisar a sociedade humana sem usar seu pensamento como referência, mesmo que a pessoa não seja simpática à ideologia construída em torno de seu pensamento intelectual, principalmente em relação aos seus conceitos econômicos.


Maximillian Carl Emil Weber (Erfurt, 21 de Abril de 1864 — Munique, 14 de Junho de 1920) foi um intelectual alemão, jurista, economista e considerado um dos fundadores da Sociologia. Seu irmão foi o também famoso sociólogo e economista Alfred Weber e sua esposa a socióloga e historiadora de direito Marianne Schnitger.
A análise da teoria weberiana como ciência tem como ponto de partida a distinção entre quatro tipos de ação:A ação racional com relação a um objetivo / A ação racional com relação a um valor/ A ação afetiva / A ação tradicional
Achei a resposta  muito simplória para acreditar que era só isso que os diferenciavam.
Lembrei de quando eu era pequeno e via televisão o dia inteiro. Aquela caixa mágica era meu vínculo com a sociedade para além do meu lar.
Na escola nunca fui o mais popular, nem fui bom em esportes. Hoje dou boas gargalhadas lembrando que as moças só falavam comigo para pedir as respostas das questões de matemática ou para pedir uma caneta.



Aos poucos fui me tornando mais introspectivo e aquela caixa mágica foi se tornando uma referência para mim. Já adulto comprei um computador e isso significou muito para meu trabalho. Então, meio que troquei a TV pelo computador, vale lembrar que os livros nunca perderam sua função para mim. Minha mãe uma vez me pegou literalmente com o rosto na tela da TV, ela me perguntou o que eu via ali, eu respondi que via pontos vermelhos, azuis e verdes.
Esses pontos ficaram na minha memória. Como podem 3 cores conseguirem mostrar todo o mundo?
Entrei na Universidade e descobri Marx, Durkheim e Weber, Os 3 porquinhos.
Na minha mente de alguma forma eu associei as cores aos autores, Marx era vermelho, Durkheim era Azul, e Weber era verde.
 
Sempre vinculei o pensamento de Durkheim a busca da harmonia na sociedade, já Marx eu associava a transformação, a luta de classes, a busca pela ruptura de velhos paradigmas, e Weber para mim era alguém que buscava os sentidos e os rumos que a sociedade poderia ter.
Como três pensamentos distintos podem ter o poder de descrever o mundo?
Eu achava isso incrível e por vezes tentei destruir as “casas dos 3 porquinhos” usando o lobo mau da realidade. Mas sempre uma das “casas - teorias” deles ficava em pé.



Analogia que eu fazia com o conto dos três porquinhos, que cada um construiu uma casa de material diferente buscando resolver o mesmo problema, o lobo mau que para mim era a realidade, que destrói todo e qualquer idealismo ou pretensa visão de mundo que tente confinar a realidade. 
Mas aquelas cores?
Depois descobri que aqueles pontos eram pixels, e que cada um deles contém as três cores: azul, verde e vermelho e que combinando tonalidades dos três pontos é possível exibir pouco mais de 16.7 milhões de cores diferentes. Foi então que as coisas começaram a fazer mais sentido.
Da mesma forma que somente três cores tinham a capacidade de representar a realidade na tela da TV, os clássicos conseguiam representar de alguma forma uma teoria social que representaria a realidade social,  nem que fosse de maneira desbotada.

Entendi que a habilidade das três teorias clássicas consiste justamente na capacidade delas de serem distintas entre si, de interpretarem a realidade social de três pontos de vista diferentes. Assim como na história dos três porquinhos, duas das três casas poderiam cair, mas pelo menos uma ia ficar de pé e dar conta do recado, e pelo menos igualar força com a realidade cruel do lobo mau.  

sexta-feira, 19 de abril de 2013

A melhor educação do mundo é 100% estatal, gratuita e universal



O documentário abaixo deveria ser assistido e discutido por todos os educadores, todas as escolas, todas as pessoas interessadas na educação no Brasil

A Finlândia tem a melhor educação do mundo. Lá todas as crianças tem direito ao mesmo ensino, seja o filho do empresário ou o filho do garçom. Todas as escolas são públicas-estatais, eficientes, profissionalizadas. Todos os professores são servidores públicos, ganham bem e são estimulados e reconhecidos. Nas escolas há serviços de saúde e alimentação, tudo gratuito.
Na Finlândia a internet é um direito de todos.
A Finlândia se destaca em tecnologia mais do que os Estados Unidos da América.
Sim, na Finlândia se paga bastante impostos: 50% do PIB.
O país dá um banho nos Estados Unidos da América em matéria de educação e de não corrupção.
Na Finlândia se incentiva a colaboração, e não a competição.
Mas os neoliberais-gerenciais, privatistas, continuam a citar os EUA como modelo.
Difícil o Brasil chegar perto do modelo finlandês? Quase impossível. Mas qual modelo devemos perseguir? Com certeza não pode ser o da privatização.
Veja o seguinte documentário, imperdível, elaborado por estadunidenses. Em inglês, com legendas em espanhol:
Leia abaixo matéria originalmente publicada no Diário do Centro do Mundo que trata da excelência do sistema de educação da Finlândia, reverenciado em todo o mundo.

Por que o sistema de educação da Finlândia é tão reverenciado

Acaba de sair um levantamento sobre educação no mundo feito pela editora britânica que publica a revista Economist, a Pearson.
É um comparativo no qual foram incluídos países com dados confiáveis suficientes para que se pudesse fazer o estudo.
Você pode adivinhar em que lugar o Brasil ficou. Seria rebaixado, caso fosse um campeonato de futebol. Disputou a última colocação com o México e a Indonésia.
Surpresa? Dificilmente.
Assim como não existe surpresa no vencedor. De onde vem? Da Escandinávia, naturalmente – uma região quase utópica que vai se tornando um modelo para o mundo moderno.
Foi a Finlândia a vencedora. A Finlândia costuma ficar em primeiro ou segundo lugar nas competições internacionais de estudantes, nas quais as disciplinas testadas são compreensão e redação, matemática e ciências.
A mídia internacional tem coberto o assim chamado “fenômeno finlandês” com encanto e empenho. Educadores de todas as partes têm ido para lá para aprender o segredo.
Se alguém leu alguma reportagem na imprensa brasileira, ou soube de alguma autoridade da educação que tenha ido à Finlândia, favor notificar. Nada vi, e também aí não tenho o direito de me surpreender.
Algumas coisas básicas no sistema finlandês:
1) Todas as crianças têm direito ao mesmo ensino. Não importa se é o filho do premiê ou do porteiro.
2) Todas as escolas são públicas, e oferecem, além do ensino, serviços médicos e dentários, e também comida.
3) Os professores são extraídos dos 10% mais bem colocados entre os graduados.
4) As crianças têm um professor particular disponível para casos em que necessitem de reforço.
5) Nos primeiros anos de aprendizado, as crianças não são submetidas a nenhum teste.
6) Os alunos são instados a falar mais que os professores nas salas de aula. (Nos Estados Unidos, uma pesquisa mostrou que 85% do tempo numa sala é o professor que fala.)
Isto é uma amostra, apenas.
Claro que, para fazer isso, são necessários recursos. A carga tributária na Finlândia é de cerca de 50% do PIB. (No México, é 20%. No Brasil, 35%.)
Já escrevi várias vezes: os escandinavos formaram um consenso segundo o qual pagar impostos é o preço – módico – para ter uma sociedade harmoniosa.
Não é à toa que, também nas listas internacionais de satisfação, os escandinavos apareçam sistematicamente como as pessoas mais felizes do mundo.
Para ver de perto o jeito finlandês de educar crianças, basta ver um fascinante documentário de 2011 feito por americanos (vídeo publicado acima).
Comecei a ver, e não consegui parar, como se estivesse assistindo a um suspense.

Todos os educadores, todas as escolas, todas as pessoas interessadas na educação, no Brasil, deveriam ver e discutir o documentário.

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Ausência



A vida tem dessas facetas, as vezes me pego com o olhar distraído, pensativa, tentando me encontrar no cantar dos pássaros ou na evasão de automóveis que passa numa avenida qualquer. Sinto-me como se as melhores coisas estivessem esvaecendo e eu, imóvel não pudesse revertê-las. Os sentimentos afloram como na primavera e então fico me questionando, tentando encontrar uma justificativa para esse meu estado de “ausência”, mas percebo que é a transitoriedade da vida, a efusão de acontecimentos que me deixa indubitavelmente transeunte, vagando sem direção, nem pensamentos fixos muito ao contrário, meus pensamentos fluem descontraídos e espontaneamente como uma límpida nascente de água.

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

TEORIA SOCIAL DE HOWARD BECKER

TEORIA SOCIAL DE HOWARD BECKER
Por Antonia Laureano

Howard Becker é um sociólogo reconhecido mundialmente, um dos eminentes sociólogos da Universidade de Chicago. Escreveu sobre as relações de desvio, sanções sociais, estereótipo advindos pela alteridade, como também escreveu sobre os métodos de pesquisa das ciências sociais.
Este sociólogo ao escrever seu livro: “Outsider: estudos de sociologia do desvio”, o fundamenta a partir das relações sociais elaboradas entre grupos que por sua vez criam formas alternativas de viver, de se expressar, ou seja, criam uma subcultura na medida em que recusam as formas padronizadas de convivência social. Portanto, Howard Becker fundamenta sua teoria nas relações sociais e não no individuo isolado. Segundo este sociólogo os indivíduos criam e recriam formas de agrupamento com base nas relações grupais que constroem a partir da recusa ou aceitação às normas socialmente aceitas. Becker enfatiza o sentido, o prazer para esses grupos outsiders em fazer suas próprias leis no sentido de não aderir às imposições dominantes. Acentua que o termo desvio não foi formulado pelos indivíduos pertencentes a esses grupos desviantes, por outro lado, este termo foi elaborado pelos indivíduos que aderem e aceitam as normas estabelecidas socialmente como forma de excluir aquelas pessoas que transgridem a ordem e perturbam as normas sociais. Contudo, o desvio é relacional. O que é considerado atos desviantes numa cidades pode ser perfeitamente aceitável em outra, isso afirma o caráter de construção social do desvio, do crime.
Outra questão a que Becker aponta é o estereótipo a que sofrem grupos sociais que tem costumes, hábitos e crenças diferentes daqueles considerados comuns à maioria grupal. Portanto, desvio e estereótipos, são palavras que estão relacionadas diretamente a teoria de Becker. Este sociólogo analisa também a metodologia de pesquisa nas ciências sociais. Seguindo o mesmo raciocínio Becker critica os métodos de pesquisa  e padrões formalmente aceitos de fazer pesquisa. Para Becker as ciências sociais criou a forma certa de fazer pesquisa cabendo aos sociólogos e antropólogos ajustar seus objetos de pesquisa aos padrões aceitáveis, conduzindo, na concepção deste sociólogo, a pesquisa a uma sequencia mecanizada dos métodos.

TEORIA SOCIAL DE HOWARD BECKER

TEORIA SOCIAL DE HOWARD BECKER
Por Antonia Laureano

Howard Becker é um sociólogo reconhecido mundialmente, um dos eminentes sociólogos da Universidade de Chicago. Escreveu sobre as relações de desvio, sanções sociais, estereótipo advindos pela alteridade, como também escreveu sobre os métodos de pesquisa das ciências sociais.
Este sociólogo ao escrever seu livro: “Outsider: estudos de sociologia do desvio”, o fundamenta a partir das relações sociais elaboradas entre grupos que por sua vez criam formas alternativas de viver, de se expressar, ou seja, criam uma subcultura na medida em que recusam as formas padronizadas de convivência social. Portanto, Howard Becker fundamenta sua teoria nas relações sociais e não no individuo isolado. Segundo este sociólogo os indivíduos criam e recriam formas de agrupamento com base nas relações grupais que constroem a partir da recusa ou aceitação às normas socialmente aceitas. Becker enfatiza o sentido, o prazer para esses grupos outsiders em fazer suas próprias leis no sentido de não aderir às imposições dominantes. Acentua que o termo desvio não foi formulado pelos indivíduos pertencentes a esses grupos desviantes, por outro lado, este termo foi elaborado pelos indivíduos que aderem e aceitam as normas estabelecidas socialmente como forma de excluir aquelas pessoas que transgridem a ordem e perturbam as normas sociais. Contudo, o desvio é relacional. O que é considerado atos desviantes numa cidades pode ser perfeitamente aceitável em outra, isso afirma o caráter de construção social do desvio, do crime.
Outra questão a que Becker aponta é o estereótipo a que sofrem grupos sociais que tem costumes, hábitos e crenças diferentes daqueles considerados comuns à maioria grupal. Portanto, desvio e estereótipos, são palavras que estão relacionadas diretamente a teoria de Becker. Este sociólogo analisa também a metodologia de pesquisa nas ciências sociais. Seguindo o mesmo raciocínio Becker critica os métodos de pesquisa  e padrões formalmente aceitos de fazer pesquisa. Para Becker as ciências sociais criou a forma certa de fazer pesquisa cabendo aos sociólogos e antropólogos ajustar seus objetos de pesquisa aos padrões aceitáveis, conduzindo, na concepção deste sociólogo, a pesquisa a uma sequencia mecanizada dos métodos.

domingo, 23 de setembro de 2012

Teoria social de Karl Marx


O alemão Karl Marx foi, juntamente com Émile Durkheim e Max Weber quem configurou a Sociologia moderna com seus métodos e objeto próprios.
Marx, assim como os demais fundadores da sociologia, tentou, a partir de sua teoria, entender a sociedade de sua época com base na relação indivíduo e sociedade. O que distingue Karl Marx dos demais clássicos da sociologia, dentre outros fatores, é que este cientista político tenta explicar as relaçoes sociais a partir do fator econômico. Para Marx, as relaçoes de produção determinam as relações sociais, isto é, a sociedade se caracteriza a partir das forças produtivas e das relações de produção. As forças produtivas constituem as condições materiais de produção: máquinas, ferramentas, máquinas, por outro lado, as relações de produção se definiria como a forma em que a sociedade está organizada, bem como a maneira em que a produção está gerenciada e dividida.
Para Marx a forma de organização de uma sociedade: a religião, a moral, os valores sociais e culturais, a política, dentre outros, estão diretamente ligados ao sistema produtivo e a organização e distribuição da produção. Para este autor o princípio das relações sociais estão fundamentados na produção, portanto, segundo essa concepção nao se pode pensar na relação individuo e sociedade separada do fator econômico, pois a estrutura social está estruturada de modo que cada individuo oculpe uma posição social de acordo com o sua parcela na produção e na apropriação dessa produção, ou seja, o consumo da mercadoria.
Karl Marx, a partir dos seus livros nos proporcionou uma amplitude conceitual e teórica com abrangência na política, economia, filosofia e por que não dizer na sociologia. A maioria de suas obras se caracteriza em contraposição ao sistema capitalista moderno bem como às suas formas de exploração do homem pelo homem. Marx trabalhou com alguns conceitos que serviu para explicar a exploração do homem no atual sistema capitalista, dentre os quais, citarei alguns.
O conceito de alienação se remete à forma como trabalhamos, estudamos, e participamos das atividades sociais. Somos alienados a partir do momento que não temos o conhecimento de todo o social, apenas fragmentos sociais, apenas aquilo que nos é lícito saber. A nossa alienação nos torna cegos e maleáveis aos olhos dos dominadores. Temos também o conceito de mais valia que está relacionado ao conceito de exploração como também ao conceito de alienação. A mais valia seria o excedente apropriado pelos donos de empresas ao produzir um material para comercialização, a mercadoria. A mais valia somente ocorre porque não temos o devido conhecimento sobre a produção, comercialização e o lucro por parte do produto finalizado, ou seja, a mais valia ocorre quando o trabalhador é expropriado do produto final de seu trabalho e esta existe devido a alienação dos trabalhadores.
Marx disse que toda história da humanidade se constituiu a partir de opressores e oprimidos, portanto, segundo este autor, as desigualdades sociais é uma das principais formas de manutenção do sistema capitalista. Segundo este autor, existem classes sociais e a relação entre as pessoas se dá pelo antagonismo entre as classes.
Marx se contrapõe ao sistema capitalista, à forma de exploração dos burgueses em relação aos proletários, às desiguadades sociais, econômicas e políticas, idealizando outra forma de sociedade, em que os proletários se conscientizem do poder e do conhecimento social e assim haja uma sociedade menos desigual, mais harmônica.

sábado, 22 de setembro de 2012

Teoria de Max Weber



TEORIA DE MAX WEBER

Max Weber foi um sociólogo e historiador alemão, um dos fundadores da cientificidade da sociologia.  Max Weber como um sistematizador da sociologia seguiu a corrente de pensamento de Dilthey segundo a qual devem existir métodos de pesquisa diferentes para as ciências naturais como também para as ciências humanas.
Seguindo o historicismo de Dilthey Weber propôs que ao contrário da corrente de pensamento Positivista, as ciências humanas deveriam ter métodos de pesquisa diferenciados das ciências naturais, portanto, defendia a metodologia qualitativa com o racionalismo crítico, a observação apurada e a coleta de dados.
E a partir desta adesão ao historicismo, propôs que para se compreender um contexto social ter-se-ia que necessariamente entender a ação de cada indivíduo. Portanto, ao contrário do pensamento Positivista, Weber enfatiza o método compreensivo, como também fundamenta sua teoria por meio deste método.  Para se compreender uma ação é preciso descobrir e analisar o processo histórico de formação e constituição de determinada sociedade para descobrir os significados vividos e objetivamente criados pelo individuo para praticar tal ato.
Como enfoque metodológico Weber acentua uma tipologia ideal. Assim o tipo ideal funcionaria como um modo de construção de conceitos e hipóteses no estudo da realidades e de seus fenômenos singulares. Fruto da necesidade do pesquisador em garantir uma rigorosa construção de teorias científicas, o tipo ideal serviria como modelo ideal a ser comparado com a realidade empírica observada, pois somente a partir da comparação da realidade empírica com um tipo ideal poderia-se obter a veracidade e a cientificidade da pesquisa.
Segundo este sociólogo para se compreender um determinado objeto, faz se necessário que haja um modelo ideal para ser comparado à realidade empírica, uma hipótese a ser procurada com a preocupação, segundo Weber, em busca a verdade cientifica.
Ao analisar a sociedade Weber a distingue a partir de três vertentes: a econômica, social e política.  A dimensão econômica estratifica a sociedade por meio de critérios pautados na riqueza, na posse e na renda. A dimensão social se fundamenta a partir da estratificação obtida por meio do status conferido às pessoas de acordo com a posição social que ocupa. E essa estratificação está organizada de forma que cada grupo tende a reconhecê-la como legítima, devido ter sido constituída historicamente como elementos principais de honra, prestígio e status. A dimensão política estratifica a sociedade, pois, segundo Weber, separa os indivíduos que tem acesso ao poder e dominação daqueles que não têm, em outras palavras, a sociedade constrói mecanismos para legitimar o poder conferido a alguns em contraposição aos demais.

Por Antonia Maria Rodrigues Laureano