segunda-feira, 24 de setembro de 2012

TEORIA SOCIAL DE HOWARD BECKER

TEORIA SOCIAL DE HOWARD BECKER
Por Antonia Laureano

Howard Becker é um sociólogo reconhecido mundialmente, um dos eminentes sociólogos da Universidade de Chicago. Escreveu sobre as relações de desvio, sanções sociais, estereótipo advindos pela alteridade, como também escreveu sobre os métodos de pesquisa das ciências sociais.
Este sociólogo ao escrever seu livro: “Outsider: estudos de sociologia do desvio”, o fundamenta a partir das relações sociais elaboradas entre grupos que por sua vez criam formas alternativas de viver, de se expressar, ou seja, criam uma subcultura na medida em que recusam as formas padronizadas de convivência social. Portanto, Howard Becker fundamenta sua teoria nas relações sociais e não no individuo isolado. Segundo este sociólogo os indivíduos criam e recriam formas de agrupamento com base nas relações grupais que constroem a partir da recusa ou aceitação às normas socialmente aceitas. Becker enfatiza o sentido, o prazer para esses grupos outsiders em fazer suas próprias leis no sentido de não aderir às imposições dominantes. Acentua que o termo desvio não foi formulado pelos indivíduos pertencentes a esses grupos desviantes, por outro lado, este termo foi elaborado pelos indivíduos que aderem e aceitam as normas estabelecidas socialmente como forma de excluir aquelas pessoas que transgridem a ordem e perturbam as normas sociais. Contudo, o desvio é relacional. O que é considerado atos desviantes numa cidades pode ser perfeitamente aceitável em outra, isso afirma o caráter de construção social do desvio, do crime.
Outra questão a que Becker aponta é o estereótipo a que sofrem grupos sociais que tem costumes, hábitos e crenças diferentes daqueles considerados comuns à maioria grupal. Portanto, desvio e estereótipos, são palavras que estão relacionadas diretamente a teoria de Becker. Este sociólogo analisa também a metodologia de pesquisa nas ciências sociais. Seguindo o mesmo raciocínio Becker critica os métodos de pesquisa  e padrões formalmente aceitos de fazer pesquisa. Para Becker as ciências sociais criou a forma certa de fazer pesquisa cabendo aos sociólogos e antropólogos ajustar seus objetos de pesquisa aos padrões aceitáveis, conduzindo, na concepção deste sociólogo, a pesquisa a uma sequencia mecanizada dos métodos.

TEORIA SOCIAL DE HOWARD BECKER

TEORIA SOCIAL DE HOWARD BECKER
Por Antonia Laureano

Howard Becker é um sociólogo reconhecido mundialmente, um dos eminentes sociólogos da Universidade de Chicago. Escreveu sobre as relações de desvio, sanções sociais, estereótipo advindos pela alteridade, como também escreveu sobre os métodos de pesquisa das ciências sociais.
Este sociólogo ao escrever seu livro: “Outsider: estudos de sociologia do desvio”, o fundamenta a partir das relações sociais elaboradas entre grupos que por sua vez criam formas alternativas de viver, de se expressar, ou seja, criam uma subcultura na medida em que recusam as formas padronizadas de convivência social. Portanto, Howard Becker fundamenta sua teoria nas relações sociais e não no individuo isolado. Segundo este sociólogo os indivíduos criam e recriam formas de agrupamento com base nas relações grupais que constroem a partir da recusa ou aceitação às normas socialmente aceitas. Becker enfatiza o sentido, o prazer para esses grupos outsiders em fazer suas próprias leis no sentido de não aderir às imposições dominantes. Acentua que o termo desvio não foi formulado pelos indivíduos pertencentes a esses grupos desviantes, por outro lado, este termo foi elaborado pelos indivíduos que aderem e aceitam as normas estabelecidas socialmente como forma de excluir aquelas pessoas que transgridem a ordem e perturbam as normas sociais. Contudo, o desvio é relacional. O que é considerado atos desviantes numa cidades pode ser perfeitamente aceitável em outra, isso afirma o caráter de construção social do desvio, do crime.
Outra questão a que Becker aponta é o estereótipo a que sofrem grupos sociais que tem costumes, hábitos e crenças diferentes daqueles considerados comuns à maioria grupal. Portanto, desvio e estereótipos, são palavras que estão relacionadas diretamente a teoria de Becker. Este sociólogo analisa também a metodologia de pesquisa nas ciências sociais. Seguindo o mesmo raciocínio Becker critica os métodos de pesquisa  e padrões formalmente aceitos de fazer pesquisa. Para Becker as ciências sociais criou a forma certa de fazer pesquisa cabendo aos sociólogos e antropólogos ajustar seus objetos de pesquisa aos padrões aceitáveis, conduzindo, na concepção deste sociólogo, a pesquisa a uma sequencia mecanizada dos métodos.

domingo, 23 de setembro de 2012

Teoria social de Karl Marx


O alemão Karl Marx foi, juntamente com Émile Durkheim e Max Weber quem configurou a Sociologia moderna com seus métodos e objeto próprios.
Marx, assim como os demais fundadores da sociologia, tentou, a partir de sua teoria, entender a sociedade de sua época com base na relação indivíduo e sociedade. O que distingue Karl Marx dos demais clássicos da sociologia, dentre outros fatores, é que este cientista político tenta explicar as relaçoes sociais a partir do fator econômico. Para Marx, as relaçoes de produção determinam as relações sociais, isto é, a sociedade se caracteriza a partir das forças produtivas e das relações de produção. As forças produtivas constituem as condições materiais de produção: máquinas, ferramentas, máquinas, por outro lado, as relações de produção se definiria como a forma em que a sociedade está organizada, bem como a maneira em que a produção está gerenciada e dividida.
Para Marx a forma de organização de uma sociedade: a religião, a moral, os valores sociais e culturais, a política, dentre outros, estão diretamente ligados ao sistema produtivo e a organização e distribuição da produção. Para este autor o princípio das relações sociais estão fundamentados na produção, portanto, segundo essa concepção nao se pode pensar na relação individuo e sociedade separada do fator econômico, pois a estrutura social está estruturada de modo que cada individuo oculpe uma posição social de acordo com o sua parcela na produção e na apropriação dessa produção, ou seja, o consumo da mercadoria.
Karl Marx, a partir dos seus livros nos proporcionou uma amplitude conceitual e teórica com abrangência na política, economia, filosofia e por que não dizer na sociologia. A maioria de suas obras se caracteriza em contraposição ao sistema capitalista moderno bem como às suas formas de exploração do homem pelo homem. Marx trabalhou com alguns conceitos que serviu para explicar a exploração do homem no atual sistema capitalista, dentre os quais, citarei alguns.
O conceito de alienação se remete à forma como trabalhamos, estudamos, e participamos das atividades sociais. Somos alienados a partir do momento que não temos o conhecimento de todo o social, apenas fragmentos sociais, apenas aquilo que nos é lícito saber. A nossa alienação nos torna cegos e maleáveis aos olhos dos dominadores. Temos também o conceito de mais valia que está relacionado ao conceito de exploração como também ao conceito de alienação. A mais valia seria o excedente apropriado pelos donos de empresas ao produzir um material para comercialização, a mercadoria. A mais valia somente ocorre porque não temos o devido conhecimento sobre a produção, comercialização e o lucro por parte do produto finalizado, ou seja, a mais valia ocorre quando o trabalhador é expropriado do produto final de seu trabalho e esta existe devido a alienação dos trabalhadores.
Marx disse que toda história da humanidade se constituiu a partir de opressores e oprimidos, portanto, segundo este autor, as desigualdades sociais é uma das principais formas de manutenção do sistema capitalista. Segundo este autor, existem classes sociais e a relação entre as pessoas se dá pelo antagonismo entre as classes.
Marx se contrapõe ao sistema capitalista, à forma de exploração dos burgueses em relação aos proletários, às desiguadades sociais, econômicas e políticas, idealizando outra forma de sociedade, em que os proletários se conscientizem do poder e do conhecimento social e assim haja uma sociedade menos desigual, mais harmônica.

sábado, 22 de setembro de 2012

Teoria de Max Weber



TEORIA DE MAX WEBER

Max Weber foi um sociólogo e historiador alemão, um dos fundadores da cientificidade da sociologia.  Max Weber como um sistematizador da sociologia seguiu a corrente de pensamento de Dilthey segundo a qual devem existir métodos de pesquisa diferentes para as ciências naturais como também para as ciências humanas.
Seguindo o historicismo de Dilthey Weber propôs que ao contrário da corrente de pensamento Positivista, as ciências humanas deveriam ter métodos de pesquisa diferenciados das ciências naturais, portanto, defendia a metodologia qualitativa com o racionalismo crítico, a observação apurada e a coleta de dados.
E a partir desta adesão ao historicismo, propôs que para se compreender um contexto social ter-se-ia que necessariamente entender a ação de cada indivíduo. Portanto, ao contrário do pensamento Positivista, Weber enfatiza o método compreensivo, como também fundamenta sua teoria por meio deste método.  Para se compreender uma ação é preciso descobrir e analisar o processo histórico de formação e constituição de determinada sociedade para descobrir os significados vividos e objetivamente criados pelo individuo para praticar tal ato.
Como enfoque metodológico Weber acentua uma tipologia ideal. Assim o tipo ideal funcionaria como um modo de construção de conceitos e hipóteses no estudo da realidades e de seus fenômenos singulares. Fruto da necesidade do pesquisador em garantir uma rigorosa construção de teorias científicas, o tipo ideal serviria como modelo ideal a ser comparado com a realidade empírica observada, pois somente a partir da comparação da realidade empírica com um tipo ideal poderia-se obter a veracidade e a cientificidade da pesquisa.
Segundo este sociólogo para se compreender um determinado objeto, faz se necessário que haja um modelo ideal para ser comparado à realidade empírica, uma hipótese a ser procurada com a preocupação, segundo Weber, em busca a verdade cientifica.
Ao analisar a sociedade Weber a distingue a partir de três vertentes: a econômica, social e política.  A dimensão econômica estratifica a sociedade por meio de critérios pautados na riqueza, na posse e na renda. A dimensão social se fundamenta a partir da estratificação obtida por meio do status conferido às pessoas de acordo com a posição social que ocupa. E essa estratificação está organizada de forma que cada grupo tende a reconhecê-la como legítima, devido ter sido constituída historicamente como elementos principais de honra, prestígio e status. A dimensão política estratifica a sociedade, pois, segundo Weber, separa os indivíduos que tem acesso ao poder e dominação daqueles que não têm, em outras palavras, a sociedade constrói mecanismos para legitimar o poder conferido a alguns em contraposição aos demais.

Por Antonia Maria Rodrigues Laureano



segunda-feira, 17 de setembro de 2012

TEORIA DE EMILE DURKHEIM

TEORIA DE EMILE DURKHEIM

O francês Emile Durkheim é considerado o pai da Sociologia por ter sido um dos primeiros a sistematizar o objeto desta ciência. Durkheim entendia que a sociedade era superior aos indivíduos, portanto, seguindo esta concepção, a sociedade existe independentemente do individuo, este que é simples receptor das regras sociais.
Este sociólogo fundamenta o método de estudo da Sociologia, os fatos sociais, que são maneiras padronizadas de relacionamento entre os indivíduos. Para este autor há três características dos fatos sociais. A primeira refere-se a uma manifestação que é geral, ou seja, existe na maioria das sociedades; a segunda característica dos fatos sociais fundamenta-se na ideia de coerção, isto é, a força que estes fatos agem sobre o individuo, levando-os a se conformarem e a aceitarem as regras socialmente  construídas; a terceira característica é a exterioridade  dos fatos sociais, ou seja, tem existência própria independente dos indivíduos.
Durkheim fundamenta sua teoria a partir do método Funcionalista. Este sociólogo compara a sociedade com um organismo vivo. Os órgãos trabalham em função da harmonia de todo o organismo.
Quando um fato põe em risco a evolução, a harmonia, a coesão social estamos diante de um acontecimento mórbido, portanto, de uma sociedade doente. Durkheim diferencia os fatos sociais em normais e patológicos. Os fatos normais são aqueles que não extrapolam os limites dos acontecimentos mais gerais de uma sociedade. Enquanto os fatos patológicos são aqueles acontecimentos que transgridem as regularidades, mas, como uma doença, são transitórios.
Este sociólogo conceitua dois tipos de solidariedade: mecânica e orgânica. A solidariedade mecânica existe em sociedades primitivas em que a consciência coletiva é bastante enfática nos habitantes bem como a sociedade é coesa, isto é, os habitantes têm em comum as crenças, hábitos e valores. A solidariedade orgânica pode ser encontrada nas sociedades modernas complexas em que é acentuada a divisão do trabalho social e em que a sociedade é fragmentada.

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

TEORIA DE GILBERTO VELHO

TEORIA DE GIBERTO VELHO

Gilberto Velho foi um significativo antropólogo brasileiro. Suas pesquisas se efetivaram a cerca dos indivíduos e dos grupos sociais que viviam nas cidades, bem como as relações de interdependência entre estes.
Influenciado pela Escola de Sociologia e Antropologia de Chicago, Gilberto Velho foi um dos precursores do pensamento desta Escola no Brasil. Seus trabalhos foram influenciados por Howard S. Becker, Erving Goffman com também G Simmel. 
Desenvolveu muitas pesquisas na e da cidade, isto é, uma antropologia urbana, dentre as quais merece destaque a pesquisa feita no Bairro Copacabana na cidade do Rio de Janeiro. Este trabalho foi transformado no livro: “Utopia Urbana” que faz uma etnografia da vida dos moradores do “Estrela”: um prédio bastante comentado no bairro.
O objetivo do autor é compreender qual o sentido para os moradores morarem naquele bairro, qual a mensagem que é criada e transmitida. Bem, o autor pretende mostrar como essas divisões espaciais do morar na cidade urbana gera prestígio, status ou por outro lado, o preconceito, a discriminação e o estigma. Este termo está aqui pontuado no sentido dado por Goffman, seria um estereótipo referido a uma pessoa ou a um grupo social.
Velho foi um dos precursores do trabalho etnográfico no Brasil, como também foi um dos pioneiros na pesquisa de sociedades complexas. Anteriormente, havia um certo preceito epistemológico em não fazer pesquisas “em casa” pois poderia não haver o distanciamento necessário para a efetivação do trabalho científico. Gilberto Velho foi, portanto, um  dos que quebraram esse paradigma apoiado na Escola de Chicago e nas teorias de Howard Becker.
Este antropólogo nos diz que, numa pesquisa empírica deve haver o estranhamento daquilo que nos é familiar como também, o pesquisador deve tornar familiar o exótico. Com essa sua perspectiva este Antropólogo vence mais um paradigma e então fundamenta seus trabalhos empíricos na cidade e da cidade.
Por: Antonia Maria R. Laureano